Ontem de manhã houve um assalto a uma ourivesaria em Viana do Castelo. Dizem que espectacular, quer pela forma agitada como decorreu (com tiros e tudo), quer pelos valores do ouro envolvidos.
De tarde a PSP de Viana dava conta de que um dos assaltantes teria sido morto, outro estava hospitalizado em estado grave, com uma bala alojada na coluna. Para além do mais, dois polícias estariam também feridos.
Disso fez uso o Ministro da Administração Interna que, no Parlamento, respondendo às acusações de insegurança que se tinha instalado no país, com a inusitada onda de assaltos ocorrida nos últimos dias, reafirmava a sua total confiança no profissionalismo, valentia e não sei mais que blábláblá, das forças sob a sua responsabilidade. E a prova, dizia ele com natural excitação, estava na forma célere como tinha sido resolvida a questão do assalto em Viana.
Só que à noite, a Judiciária de Braga, viria a dar a sua versão dos factos: Nenhum dos assaltantes fora morto ou ferido e andava tudo a monte.
Pergunto eu agora: Com tantos assaltos a decorrerem quase ao mesmo tempo, estarão a falar da mesma coisa? E o morto? E o entrevadinho com a bala na coluna?
Ó senhor Ministro, não dá para pôr um pouco de ordem nas suas forças da ordem? Nem que seja à força?