Estranhei, logo após as primeiras provas do campeonato do Mundo de Fórmula 1 deste ano, a MacLaren/Mercedes arrebanhar tudo quanto eram vitórias e a Ferrari, que nos últimos anos, graças a uma tecnologia inultrapassável e a um piloto fora do comum, levava tudo à sua frente, ficar a zero.
E essa minha estranheza, essa coceira que inexplicavelmente me destrambelhava o couro cabeludo tinha um nome: espionagem industrial.
A MacLaren, recorrendo aos mais diversos esquemas, subtraiu informação técnica privilegiada à Ferrarri, o que lhe veio a permitir a cópia de equipamentos vitais, de tecnologia de alto desempenho roubada à scuderia italiana, que viria a ser implantada nos seus motores, nas suas máquinas.
A Federação Internacional de Automóvel, após queixa da Ferrari, deu-a como procedente, multou a MacLaren e obrigou-a a retirar dos seus carros todas as peças e sistemas concebidos pela marca italiana.
Parece argumento de filme, mas não é. Aconteceu esta semana.