Em comunicado, a propósito da acusação lançada pelo jornal «Público», de que Luís Filipe Menezes, no seu blogue luisfilipemenezes.blogspot.com, estaria a utilizar como seus textos copiados da Internet, o presidente da Câmara de Gaia e candidato à chefia do seu partido, considera isso como «matéria ridícula e irrelevante».
Vistas bem as coisas até é natural que Menezes pense assim, pois, dando como certa a integridade do seu carácter, não acredito que tivesse sido de sua iniciativa a publicação num blogue pessoal de textos alheios, sem lhes atribuir a respectiva paternidade.
A questão poderá não ter a gravidade nem o significado que o jornal lhe quererá atribuir, tanto mais que se sabe agora que no blogue trabalham diversos assessores (desvirtuando a sua característica de veículo intrinsecamente pessoal, como Menezes pretende fazer passar), mas está longe de ser matéria irrelevante e ridícula.
Com efeito há plágio, sim senhor. Publicam-se trabalhos tirados da Internet, não se revelam as fontes ou autores e, o que é mais grave, mudam-se algumas palavras em textos, numa clara tentativa de lhes escamotear a origem.
Reitero aquilo que já afirmei: Não acredito que LFM o tenha feito. O que ele tem é a responsabilidade por um produto que assina. E não vale a pena aos seus assessores virem atirar com areia aos olhos de quem segue estes assuntos, dizendo que se tratou de um «lapso», pois é por «lapsos» como estes, «ridículos e irrelevantes», que se dá a queda de muito boa gente.
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